Aquele silêncio
Céu cinzento, lua obscura
Nuvens carregadas de pingos saudosos de chuva
Triste visão de uma rua escura
Passos vistos no compasso de confusão em procurada cura.
E eu já não sei onde estou, simplesmente não sei...
Rosto sem riso voltado para cima
E nos olhos há desilusão por trás da saltitante menina
Inquieta por lágrimas inquilinas
Fugidas de um lar que não as quer...
Coração ferido.
E eu já não sei como estamos, simplesmente não sei...
Silêncio e som.
Silêncio gritante no som do vento, grande ironia!
Escuto aí fora o que não escuto de mim aqui dentro
Por covardia.
E eu já nem sei quem sou, simplesmente não sei...
Meu sonhos presos com tachas num mural
Que só me lembram de nada feito.
E outra vez escrevendo sobre mim eu nem posso dar certeza
De que sou deste jeito...
Porque eu nunca soube me encontrar, nunca soube.