Aquele silêncio

Céu cinzento, lua obscura

Nuvens carregadas de pingos saudosos de chuva

Triste visão de uma rua escura

Passos vistos no compasso de confusão em procurada cura.

E eu já não sei onde estou, simplesmente não sei...

Rosto sem riso voltado para cima

E nos olhos há desilusão por trás da saltitante menina

Inquieta por lágrimas inquilinas

Fugidas de um lar que não as quer...

Coração ferido.

E eu já não sei como estamos, simplesmente não sei...

Silêncio e som.

Silêncio gritante no som do vento, grande ironia!

Escuto aí fora o que não escuto de mim aqui dentro

Por covardia.

E eu já nem sei quem sou, simplesmente não sei...

Meu sonhos presos com tachas num mural

Que só me lembram de nada feito.

E outra vez escrevendo sobre mim eu nem posso dar certeza

De que sou deste jeito...

Porque eu nunca soube me encontrar, nunca soube.

Cristiellen
Enviado por Cristiellen em 25/01/2013
Código do texto: T4105136
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