RASTRO
O rastro que revela
este luar luzindo,
tem algo de um olhar
e de abandono.
Luar que incendeia
a escuridão...
abrindo
no prateado barco
largado ao cais sem dono.
O barco onde o amor
foi viajante,
e onde a poesia fez morada,
agora é simples sombra
acanhada,
retendo
a solidão,
na noite atroz sem sono.