Tristeza do adeus
Seria dizer serem sonhos
Momentos que outrora foram tão reais.
Seria calar gritos contidos
Estes silêncios acometidos de verdadeiro temor.
Seria dizer, temeroso da dor,
Que o sofrer se esquece no tempo.
Seria ?
Seria sim, capaz de dizer que houve engano,
Um erro humano
Que pode acontecer a qualquer um
Penetrando no profano
E na insanidade do proibido,
Do julgado e esquecido.
Seria ?
Seria assim como uma espécie de busca
Incessante na medida da procura
Seria um desgaste de um sentimento enorme,
Que, desgastado embora, continua inabalável ?
Seria essa a minha razão de ansiar ?
Ou de querer amar
Seria um querer estranho de renovação
De mim mesmo ou de influências
Ou são só perguntas que atormentam.
Seria assim uma espécie de cansaço
De reflexões passageiras, de monopólios escondidos,
Seria uma questão de esperar o acontecer
E deixar a vida correr,
Seu rosário de destinos.
Seria preciso esquecer,
Tentar não deixar o pranto embolar a razão.
Seria fantasia vestida de ilusão ?
Seria, se tudo tivesse acontecido diferente,
Seria um momento passageiro
Se a continuidade não o tivesse feito verdadeiro.
Seria uma saída de renuncia ,
Renuncia a uma tentativa de voltar a lutar
Mas não poderia haver luta
Se a certeza da disputa
Quase não existe...
É, seria muito triste dizer
Até nunca mais.