CHUVA
Não maldigo as gotas
Melancólicas
Que grudam nos vidros
E escorrem em rios.
Não temo os trovões,
Os ventos fortes,
E as luzes revoltadas
E mortais dos relâmpagos.
Não lamento mais
Quando o céu se abre
E o vento canta ruidoso
Agitando os cabelos da chuva.
Pois em dias tão tristes,
Como esses que vivo
A chuva me cai
Como uma luva.