PARADO DE MIM II
Há algo estranho no ar
na pele, em mim.
Não sei explicar...apenas sinto demais
O olhar me diz coisas que não sei de onde vem
de que abismo sai.
o dia me chega diferente como senão fosse homem
mas algo além de mim que sou fraco e homem.
Os desejos já não são mais desejos
os choros não tem explicação
O dólar sobe e baixa e daí, meu bem...
As carnificinas me dizem mais
me chocam mais
Quero estar parado: silencioso em mim
Tudo me parece nada
é como se presumisse a morte
Como se soubesse que o fim está próximo
Paranormal ou paranoico...
Quero o simples...
O comum....
O espetaculoso não me liga ao cosmo
Não me faz melhor...
As palavras me chegam carregadas de tudo e de nada.
Não há sonho mais.
quero escutar ou cantar um mantra
Para realizar a suprema ação de lavar os pratos
colher flores
lamber a panela de doce
Ações quase magicas
Em um mundo em que
o breve é o já.