Ferida

Ferida

Gritei sim, como havia de ser!

Depois de tudo alem de tudo.

Noite em pesadelos

Lagrimas, não havia não permaneceram.

Nem a solidão deixou!

Como explicar uma afetividade

A falta de saudade.

O bem querer, a alegria.

Poderia ser amor e porque não.

Entre todas as coisas euforia.

Conflito, razão emoção.

Cálida fantasia!

Gritei, sangrou o coração.

Alma calou adormeceu.

Esperança evadindo pela fresta da porta.

A noite findava meus olhos não.

Entristeceu riso e sol nasceu.

Uma noite passou.

Tantas outras virão.

Como exprimir o sentir?

O que advir?

Palavras se perdem quando não ouvidas

Folhas ao vento.

Carinhos esvaem ao relento

Há sim sentimentos.

Sou singular sim eu sei

Palavras não hão de bastar.

Mas há momentos entende?

Houve momentos de doçura

Houve momentos de candura

Quis acreditar!

Não em mim

Mas em ti e o que de ti emanava.

Ternura?

Como traduzir?

O que não tenho não me basta

E o que me basta abstenho-me.

Hás compreender meu querer

Que é muito que não me caibo

E pouco a encantar-te o coração.

Todavia, meus sentimentos se perdem.

Nos bares da vida onde hei de embebedar do vinho

Que quando sua imagem se turvar

Adormecerei-me entre rosas sem preocupar com espinhos.

Amantino Silva 12/01/2012