VAGANDO...
VAGANDO...
Vagando quase sem rumo...
No peito escorre amor...
Amor-saudade-dor.
Caminhos emaranhados,
Vidas em paralelo...
Paralelas não se encontram...
Ou se encontram
E não são mais paralelas...
Dor de domingo...
Que fareja a segunda
E sente que passam as horas,
E apenas a melancolia abunda,
Sem se importar se tem cor
Se tem rima, se afina com a luz do dia
Que escoa...
Escoam as horas
Numa espera inglória
Os beijos distantes
Perderam-se no tempo
Dos lábios secos
Não se ouve alento...
Podiam estar vermelhos
Do sangue que emerge
Com o roçar bravio dos desejos
Ah! Meus beijos, tão teus!
Agora o silêncio vem
Em meu socorro
Entorno se ouve
Com a mesma voz muda de sempre:
Deixa a lágrima rolar
Deixa o tempo passar
Como um Doutor
Que receita remédios e cura
Deixa...
Deixa...
Sempre vem
Um dia novo!....