BONECA DE PANO
Lia, menina tristonha
Olhar penetrante
Chora a todo instante
Não sabe sorrir
O tempo não é de agora
Sua mãe, uma senhora
De costumes bem antigos
E Lia, essa menina quieta
Nos braços a boneca predileta
Uma boneca de pano
Que ri a todo momento
E não imagina o sofrimento
Dessa menina infeliz
Lia tem vontade de sorrir
Fazer como sua boneca faz
Mas algo a impede, não é capaz
A boneca de pano é feliz
Parece ter vida, sorrir para ela
Um dia, quem sabe
Lia possa sorrir de verdade
Ainda é pequena, tem pouca idade