Diário de uma suicida
dias escritos com sangue
acordei de madrugada
para ver um estranho refletido no espelho
nem mesmo um grito de medo
pode mudar a alma
de um morto vivo
em noites de Chuva ácida
tento viver cada segundo
dos poucos minutos
que o relógio velho escondeu
no coração de sete velas vermelhas
a lua fechou os olhos
e o frio preparou a festa da carne podre
mas antes que o fim
bata na porta deste castelo de sonhos perdidos no lixo
e melhor vestir meu melhor terno preto
e comer um bom arroz com feijão