"No entanto, o amor é sempre o mesmo: as andorinhas é que mudam"
(Mário Quintana)

NO MESMO LUGAR

De voo em voo,
De fio a fio,
De vazio a vazio,
De manhã à tardinha,
Doidivanas andorinhas,
Alheias ao que eu sinto,
Se falo a verdade,
Se minto,
Se tenho o olhar vago,
Se me embriago,
Com a amarga taça,
Da saudade,
Se do outro lado,
Da vidraça,
Há uma alma sozinha,
Há um eu desencontrado,
Que se entregou,
Que amou,
(Continua amando),
Mas, não foi amado,
Leves andorinhas,
Soltas ao vento brando,
Umas vão... outras vêm...
Riscam em curvas o ar,
E eu aqui; no mesmo lugar,
sonhando... com alguém,
Que não vai voltar.


- - - - - - - - -

UMA ANDORINHA SÓ NÃO FAZ VERÃO

 Na noite que desce
e o sol esmorece,
no dia que brilha,
e ilumina a trilha,
enchendo-a de cor,
eu falo a verdade,
tu és meu amor.
Por isso a saudade
machuca e fere
rasgando a pele,
fazendo feridas.
Tão triste esta vida,
que levo sozinha,
pois como a andorinha
preciso de alguém
que seja meu bem,
que venha comigo,
e de-me um abrigo.
Chegou o verão...
Não me diz que não.

(HLuna)




DELEY
Enviado por DELEY em 11/01/2013
Reeditado em 12/01/2013
Código do texto: T4079635
Classificação de conteúdo: seguro