Corações

Retorno da minha boemia

poética com a lucidez

e estupidez de quem se

embriaga com as palavras

mais incorretas que provocam

dor e nudez na alma peregrina.

No silencio caminho pelo

lar como gatuno assustado.

Dispo-me da minha literatura

nua e crua e encarno o sonambulo

da noite gelada.

Deito, abraço e sinto o cheiro

mas a carne perdeu seus sentidos

e encolhido ,perdido entre lençóis

sou surpreendido pelo calor do

astro rei e despertando-me das

minhas alucinações noturnas.

Vejo que nunca existiu dois

corações, apenas um, solitário

e inquieto nas estradas das letras.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Fernando Matos
Enviado por Fernando Matos em 01/01/2013
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