Suplício
Nas mãos do destino,
Detentos em grades de bronze,
Nas masmorras da realidade.
Agonizante, minha alma clama,
Sol dos justos resplandeça-me,
Manto dos ímpios encubra-me.
Nem suplício de Prometeu
Pode comparar-se ao meu.
Sofrimento
Que escorre de meus olhos,
Misturando-se com o sangue,
Purpura-espesso,
De minhas feridas.
Os braços gélidos do sepulcro já me envolvem,
Posso sentir sua respiração em minha face.
Esta sussurra-me:
“Até a vida deixou-o, resta-lhe o silêncio”.