nada sobrou, nada restou...
outra vez eu sucumbo na minha solidão,
as lágrimas escorrem feito um rio,
voltam a lavar minha alma
abatida de um guerreiro
sem esperança, sem vida...
nada sobrou...
nada restou de tudo que tentei,
que arrisquei...
me entrego a realidade a triste verdade,
que não nasci pra ninguém...
o medo é meu companheiro agora...
lembranças de como poderia ter sido,
do que poderia te vivido,
de como poderia ter sido feliz me assombram...
me deixo levar como um barco a deriva no mar,
onde o navegante cansado desistiu de remar.
angustiada, decepcionada, sem rasão, sem esperança...
esperando o fim chegar...
perdida no desespero, no sofrimento de não conhecer o amor,
de não saber como é ser amada, desejada, bem tratada, feliz...
a dor da desilusão é tanta que penso que até a morte me abanou,
ou talvez nessa vida nem ela me queira...
talvez minha sina seja aceitar que nem ela vem me buscar...