Castigo da Seca

Que vida sem beira

com tanta asneira

tento o intento

sem viés, me ausento

sumo daqui

com temor em partir

a saudade do mundo

distante profundo

sem apego e sossego

não vejo o por quê

aumenta o desejo

de amanhã não nascer

olho pro céu

e só vejo um anel

fino e seco

que sequer conheço

será a chuva

que tanto sonhei?

as nuvens caindo

mulher que gostei

acho que não

então me aproximei

chão tão rachado

e amor tão cansado

nem a música daqui

consegue impedir

a fome de existir

nos meninos amados

não vejo solução

somente miséria

o que faço então

família não morrer

meu amor pequeno

meus filhos crescer

só assim sendo

Deus perdoar

as maudades do homem

torto a trucidar

só te peço divino

tenhas piedade

pois como estar

so a morta saudade

da minha familia

é que vai me restar.

João André
Enviado por João André em 26/12/2012
Código do texto: T4053673
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