O lírico morre

Desculpa a confusão, bebeste o veneno errado, puro soro caseiro era só

Água e sal, não podia deixar-te morrer, antes de beberes o soro do mal fui Lá e o tomei, na verdade tenho só mais seis minutos, será que vai ter Dor? Não... Não há mais dor, não a mais o que sentir, vai ser num simples Fechar de olhos que te direi o último adeus;

O eu lírico morre e ressuscita em mim

E a cada linda que escrevo conto a dor de um infeliz

Por que eu tive que te amar tanto?

Seria pecado ou uma transgressão?

Maldito Hefesto que decidiu ao cupido armar,

E maldita seja tu Afrodite que a todos amaldiçoou

Trazendo nessas flechas a benção de amar

Vi um poeta que escrevia sobre flores

Rosas para ser mais exato, rosas, mar e das incertezas que ele via no olhar, Ele dizia que havia mistérios cruéis que ele não conseguia decifrar

Como a lâmpada acende e como um avião pode voar?

Era uma dúvida tola eu sei mas me peguei a pensar

Ele tinha razão por que eu também não lhe sei explicar

E ao meu lado a morte se deleita, é o néctar da vida.

Que agora me rejeita, nada mais posso fazer... Adeus amor.

Carlos Henrique de Azevedo
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 22/12/2012
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