O lírico morre
Desculpa a confusão, bebeste o veneno errado, puro soro caseiro era só
Água e sal, não podia deixar-te morrer, antes de beberes o soro do mal fui Lá e o tomei, na verdade tenho só mais seis minutos, será que vai ter Dor? Não... Não há mais dor, não a mais o que sentir, vai ser num simples Fechar de olhos que te direi o último adeus;
O eu lírico morre e ressuscita em mim
E a cada linda que escrevo conto a dor de um infeliz
Por que eu tive que te amar tanto?
Seria pecado ou uma transgressão?
Maldito Hefesto que decidiu ao cupido armar,
E maldita seja tu Afrodite que a todos amaldiçoou
Trazendo nessas flechas a benção de amar
Vi um poeta que escrevia sobre flores
Rosas para ser mais exato, rosas, mar e das incertezas que ele via no olhar, Ele dizia que havia mistérios cruéis que ele não conseguia decifrar
Como a lâmpada acende e como um avião pode voar?
Era uma dúvida tola eu sei mas me peguei a pensar
Ele tinha razão por que eu também não lhe sei explicar
E ao meu lado a morte se deleita, é o néctar da vida.
Que agora me rejeita, nada mais posso fazer... Adeus amor.