Sempre o mesmo - homem.
Sempre o mesmo enfado, a mesma genealogia.
Nada de novo, nada novo, a mesma sinfonia.
Tudo mesmo, tal qual, tal igual,
a dança, o comer, o viver, o homem é igual.
Ainda não cessaram meus olhos para o mundo
A sede e a ânsia é o abismo profundo
Correr atrás do vento é sina, desejo
Desenrola-se a vida, mostra-se o ensejo.
Cem anos, duzentos anos, um milênio,
foi-se o tempo, continuou o homem.
Em sua iniquidade, em sua maldade,
ainda decifra, ainda odeia, ainda morre.
Fadiga-se no seu pecado,
Seus caminhos tornaram-se morte,
‘’Pois tal que ninguém deporá
Contra minha perversão’’.
O homem é em todos os séculos,
mas continua a ser um esterco,
ainda não passa de um suspiro de vapor,
nasce, vive, morre - ainda e sempre.
Alma cancerígena,
Não cessa de ser devassa.
Sua doença nunca cura
Suas feridas nunca saram.
Enfim, chegando ao fim
o homem, em sua vida,
vê o desespero, jaz à condenação.
Nunca teve, não tem e não terá - homem sem esperança.
Tomara misericórdia seja pela sua vida,
Homem de desonras, sinagoga de satanás!
E que o sacrifício do Justo
Encontre paz sobre sua cabeça.
Homem, sem cruz, sem esperança.
Homem, sem o Altíssimo, condenado.
[22/12/12]
Cesare e Larissa, em tudo capacitados pelo Senhor.