ÚLTIMO ADEUS

Sobre a lage fria ele jaz
No leito frio da morte, sob
O véu obscuro, a fria realidade
A tenebrosa visita derradeira.

No clamor o silêncio
tua alma arrebatada
Solta no vento, teu corpo
Encarcerado, no jazigo da saudade...

Ao frio, no abrigo do silêncio
Jaz o meu amor... Tão único
Que amei a vida inteira
Hoje a vagar nos meus pensamentos...

Derramar-te-ei, minha última lágrima
Até que sinta o sabor salgado
Ainda que transformado em fel
Esse amor que me alimentou a vida inteira.

A noite se esvai com tamanha dor
Ao velar esse espectro quadro
Esse adeus que se desintegra
Ao murmúrio de um triste adeus...

Sente meu beijo, anjo meu
doce veneno, traçado na minha vida
Amar-te-ei, ainda assim...
já que a vida assim me sentenciou.

Tão cruel , é essa dor... Esse grito
Que dilacera, sorve minhas entranhas
Triste lamento, que açoita no silêncio
Essa lastima desventura, abrigada no meu ser.

Você se foi... Como o vento
Que deixa o açoite, e trás
No grito, um planger, a eterna agonia
Refugiado pra sempre no meu silêncio.

Esse poema foi feito em homenagem ao meu primeiro namorado
que partiu em 2012