ALMA PERDIDA

Meu semblante caiu,
Minha fé me traiu,
O meu amor não veio,
Me cansei desse movimento,
Da estranheza da vida,
Essa ida vestida de devaneio,
Não quero mais essa caminhada,
Que me leva para o nada,
Não renova o meu momento,
Quero ficar aqui, parada,
Habitada pelo desalento,
Aqui, menina-mulher recolhida,
Na ausência minha, peculiar,
Alma solitária, perdida ,
Na margem da estrada,
Sem querer se encontrar.

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MUDANÇA DE VIDA

Vida estranha, tão estranha,
que nos pega, arrebanha,
para levar-nos consigo
como se fosse inimigo:
fere, maltrata, arranha.
Eu preciso sair dessa,
pois não creio nas promessas
que ela faz sem pensar.
Inda ontem eu, menina,
pensava que minha sina
era ser feliz e amar.
Agora ando perdida
pelos caminhos em que a vida
insiste em me carregar.
Sem saber aonde ir,
à margem da estrada, sem nada,
desalento é o meu momento.
Mas quero, de novo, sorrir,
quero, de novo, sonhar.
(HLuna)