O lenço abafa o grito
É o cortejo marcado e previsto
E no arrastar secular dos passos
Vem o peso maldito
No fundo uma espécie de assovio
Como fora do vento um estribilho
Não choro,posto que não mais arde
Meu olho fugiu de mim antes que fosse tarde
Enxergo o que me conta o vento
E não movo meu pé
Encosto no podre mourão e aceno
Passa o cortejo e não sigo
Em meio ao séquito ,uns rostos perdidos
O meu não vejo
O meu não deixo
O meu...Protejo.
*Meu verso não quer ser entendido
Meu verso só quer repousar calado
Em meu próprio regaço adormecido
*Meu verso não quer ser entendido
Meu verso só quer repousar calado
Em meu próprio regaço adormecido