Tristeza alojada no peito...
Tristeza alojada no peito,
Em muito se vale os efeitos,
Que maltrata meu jeito
De ser e falar.
O vento lá fora assopra,
E conta a historia
Da dor de outrora,
Que deixa sangrar.
E no tempo que passa
A melancolia me abraça,
E com as vistas turvas não posso te olhar.
As lagrimas correm na face do pobre,
O pobre sou eu
Pobre de rimas e acordes
Pois o encanto se perdeu.
Reparo junto à janela
As minhas quimeras,
Os sonhos de amor,
Roubado e forjados, e nunca contados, pois trazem a dor.
Relembro intentos quebrados com o tempo
que pelo desfiladeiro se precipitou.
Amargas palavras e sonoras de raiva
Balbucio no pranto com fulgor.
O mundo lá fora tropeça nas bordas do meu pavilhão,
Não sei se por acidente ou provocação.
O mundo me abate a ponte de me encolerizar,
Revoltas aos berros eu pronuncio e protesto,
Por este mundo perverso
Invadir meu nexo, e meu universo tentar contaminar.