Tristeza alojada no peito...

Tristeza alojada no peito,

Em muito se vale os efeitos,

Que maltrata meu jeito

De ser e falar.

O vento lá fora assopra,

E conta a historia

Da dor de outrora,

Que deixa sangrar.

E no tempo que passa

A melancolia me abraça,

E com as vistas turvas não posso te olhar.

As lagrimas correm na face do pobre,

O pobre sou eu

Pobre de rimas e acordes

Pois o encanto se perdeu.

Reparo junto à janela

As minhas quimeras,

Os sonhos de amor,

Roubado e forjados, e nunca contados, pois trazem a dor.

Relembro intentos quebrados com o tempo

que pelo desfiladeiro se precipitou.

Amargas palavras e sonoras de raiva

Balbucio no pranto com fulgor.

O mundo lá fora tropeça nas bordas do meu pavilhão,

Não sei se por acidente ou provocação.

O mundo me abate a ponte de me encolerizar,

Revoltas aos berros eu pronuncio e protesto,

Por este mundo perverso

Invadir meu nexo, e meu universo tentar contaminar.

Sabrina Maris
Enviado por Sabrina Maris em 11/12/2012
Reeditado em 11/12/2012
Código do texto: T4030546
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