DROGADO

DROGADO

Sem sentido

Sem amigo

Perdido

Só castigo

Náufrago sem bóia

Ninguém o apoia

Afunda no vício

Joga-se no precipício

Atirou a vida pela janela

Desprezou sua bela

E tudo o mais que podia

Escolhendo a equivocada via

Morreu com a seringa na veia

Num canto imundo e abandonado

Ao lado nenhum chegado

Só uma aranha na teia

Desceu sete palmos

Num lamentoso salmo

E no respirar aliviado

Daqueles que já não viviam a seu lado

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 06/12/2012
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