Poema triste
Não vejo a beleza das flores a minha volta
Nunca mais senti as gloriosas visitas do sol
Acho que morri, não sei, ou abandonei a fé
Penso que nada nesse mundo me serve de alento
A intolerância veio de encontro à esperança
Fruiu-se o não entendimento entre os povos
Limiou-se, aí, o descompensar de promessas vãs.
E eu, aqui, sem autonomia enquanto pessoa...
De fato, morri pro mundo, venceu-me a covardia
Não me enterrem, não rezem por minha alma
Pois não sou digno da terra fértil, de epitáfio algum.
(Inspirado na observação daqueles que, de alguma forma, morreram em vida – infelizmente...)