S-O-Z-I-N-H-A
As vezes tento fugir dessa solidão
Abandoná-la de vez, refugiar-me
Mas sei que sentirei saudade
E ao mesmo tempo tenho medo
Porque talvez já seja tarde!
Lá fora ouço risadas, murmúrios, gargalhadas
De uma festa que já começou
Mas não fui convidada
Sou o oculto na escuridão
E o invisível mesmo no clarão!
Sou o nada, mas também sou o tudo
Sinto, vivo, morro, respiro
Não sei o que falo, penso, sonho
Sei que vivo numa vida sem sentido
Sem surpresas
E tudo já é calculado!
Os fatos se sucedem igualmente
Como numa pelicula de cinema
Como numa rotina
Varias cenas iguais com desfechos parecidos
E tudo que conquistei
Até mesmos os amigos
Foram todos esquecidos!