LÍVIDA BONANÇA
Lua cheia de lembranças
Que zomba desta dor minha
Resplandecendo a imagem sozinha
Da morte em sua lívida bonança.
Lua, oh lua dos apaixonados!
Vejo o corpo dela tão lindo
Seus lábios de beijos sorrindo
Em seu leito de lençóis manchados
Quando dois mais que um não são
É difícil em fadas não acreditar
Não há mais doenças que não só amar
Grande sandice da ilusão...
Canções de verão não afastam o inverno
O frio invade onde só havia calor
O sofrimento entristece o amor
Torna o luto do apaixonado um inferno.