DESCRENÇA

Já senti o que era a ventania,

Que soprava forte junto ao Mar,

Nunca soube porém o que seria,

Se o vento parasse de soprar

Se a tristeza de repente acabasse,

E a dor com ela ao mesmo tempo,

Se o cinzento de colorido se pintasse,

De novo ganharia outro alento

Já não vejo as estrelas a brilhar,

No espaço sideral onde as via,

Meus olhos já não vêm ao olhar,

Esse brilho cintilante de magia…

Meus olhos perderam a beleza,

O gosto, o prazer, a fantasia,

Minha coragem perdeu sua destreza,

É amálgama de descrença, e agonia…

Mário Margaride
Enviado por Mário Margaride em 02/03/2007
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