No limite da minha tristeza!
 

Quando a alma chora silenciosamente
Invade em seu corpo o total desconforto
Não sou capaz de ficar ausente aos erros
Nem muito menos ficar totalmente muda
Rasgo o meu ser, grito, faço tudo de mim
Mas não posso calar a dor na minha alma
O silencio se fez sentir pela madrugada fora
A manhã nasceu com os raios de sol quente
Mas eu não sinto o calor e alegria deste dia
Tudo me parecia escuro, feio e muito descabido
O pássaro na minha janela já está a cantar mais
A flor do vaso esta bem murcha, quase sem vida
Está tão triste que perdeu quase todas as pétalas
Parece que a vida aqui perdeu o seu lindo encanto
Olho para o alto, orando para o meu amado Pai
Quem sabe se ele trazia um pouco mais de calor
Para dentro deste meu coração triste e desiludido
Todos estão fora da orbita, gentes sofridas, mortes
Maldades soltas na nossa meta da vida e sem punição
Mas alguém martela o meu sentimento ferozmente
Dizendo entre o pesado silêncio: Tu podes acreditar!
Eu o escuto e quero muito acreditar! Eu quero confiar!
Deixo-me morrer aos poucos nestes meus pensamentos
Vendo o meu mundo sendo destruídos, valores perdidos
Sem respeito algum, sem compaixão e nem alguma direção
Minha alma voa sofrida pelo infinito e em grandes prantos
Sentido a dor constante que jaz profundamente no coração
Queria ser mais alegre, Deus sabe que eu queria voltar vir a sorrir
Mas eu não consigo, eu tento, mas não consigo, preciso conseguir
Porque a minha alma está mergulhada na tristeza, presa no limbo
E é nele que eu vou deixar cair todas as minhas lágrimas proibidas
O sofrimento é tanto que dói demais ver as todas estas barbáries
Dói demais ter medo de sair de casa e ver os filhos a não voltarem
Acordem governantes, olhem para toda esta nossa dor, perdas
Acordem meus irmãos, por favor, não deixem as trevas da ignorância
Cegar-vos ainda mais no dia a dia, dar-vos os valores de mercadoria
As almas não se compram não se vendem e nem elas se matam
Elas são eternas, elas são o teu existir, a razão da tua origem aqui
Mudem-se, aprendam-se amar-se, para amar o próximo rápido
Jesus falou “Amarás ao próximo como a ti mesmo” é a hora
Não me deixem mais triste que eu estou neste exato momento
Eu quero escrever sobre alegria, sobre partilha, sobre a esperança
Mas todos têm que estar vigilantes, orando muito por todos nós
Pedindo pela paz, pelo respeito, pela compreensão e pela tolerância
Para que possamos viver num mundo mais tranqüilo e cheio de paz
Sou um pássaro de asas partidas, sem mais poder voar e sem existir...
 
 
 

 
 
 
Betimartins
Enviado por Betimartins em 16/11/2012
Código do texto: T3989704
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