Último Poema
Os sinais vitais estão fracos
Vou caminhando sobre os cacos
São pedaços de uma vida
Maltratada, destruída
Grãos de areia no deserto
E o mal sempre por perto
Uma metáfora da existência
Pra esta eterna decadência
Fins que justificam meios
Risos que se tornam receios
Nada mais é como antes
Medos vêm, são incessantes
Acostumado à escuridão
Tão sombrio meu coração
Cada dia um novo trauma
Nada pacifica a alma
Perdi o que mais preciso
Sem fingir outro sorriso
Não há nada que importe
A não ser o fim, a morte