SACRIFÍCIO
Entre dores, canta,
Imanta a tristeza.
A vida , uma realeza rala.
Nada mais me surpreende,
Quando a voz que tanto grita,
É a mesma voz que cala!
Sacrifício de viver sangrando,
Suplantando medos e vícios
De ter pesadelos, sonhando.
Suplício,
A vida é um arrebol constante,
Onde uma criatura, exangue,
Conta o que lhe resta de dias
Enquanto simula uma hipócrita calma.
Cada vida, um sacrifício
A um deus cruel e imperativo
Por cujo crivo
Não passará, sequer, uma alma!
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