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SACRIFÍCIO

Entre dores, canta,
Imanta a tristeza.

A vida , uma realeza rala.

Nada mais me surpreende,
Quando a voz que tanto grita,
É a mesma voz que cala!

Sacrifício de viver sangrando,
Suplantando medos e vícios
De ter pesadelos, sonhando.

Suplício,
A vida é um arrebol constante,
Onde uma criatura, exangue,
Conta o que lhe resta de dias
Enquanto simula uma hipócrita calma.

Cada vida, um sacrifício
A um deus cruel e imperativo
Por cujo crivo
Não passará, sequer, uma alma!


*
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 11/11/2012
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