PRENÚNCIO
PRENÚNCIO
O parasita cancerígeno ronda os meus intestinos
Estou tranqüilo! Quero ver qual verme é mais forte
Ele há de se preocupar, pois minha peçonha é de morte
Meu DNA pré-histórico é uma tênia dos destinos
Que enrolam suas bactérias num corpo subdesenvolvido.
Vou dormir para não ver o constrangimento da colonoscopia
E ao acordar quero ver o meu anus bem resolvido!
Doente ou não,... Quero beber para saudar a minha agonia.
Para quem escreve o que escrevo, o medo é meu brinquedo
E coragem jamais me faltará para enfrentar meus desafios
Sou escravo dos meus pensamentos e acendo os meus pavios
... Para a vida dinamite,... Pois a morte é o meu limite.
Serei feliz com o que o futuro me reservará, sem lagrimas de direito!
Afinal fiz o que quis,... E todo meu bem, sempre foi mal feito.
CHICO DE ARRUDA.