POESIA – No auge
 

POESIA – No auge – 08.11.2012

(Num momento de angústia)
 


Eu estou me sentindo no apogeu,
Do caminhar inglório que me resta,
Na podridão fecal no mais imenso breu,
Num indecente poço sobra minha testa...
 
A cada dia afundo mais um pouco,
No enorme túnel onde outros sempre habitam,
Não, não me julgo só nem mesmo louco,
 Pois no lugar onde os mortos transitam...
 
Passeiam normalmente sem ao outro ver,
Na mais cruel de todas as indiferenças,
Não porque queiram, mas por falta de poder,
 
Pois em nenhum deles existem mais retinas,
Sem reversão, quaisquer que sejam suas crenças.
As mentes podres para sempre são cretinas.
 
 
Ansilgus
 
 
 

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ansilgus
Enviado por ansilgus em 10/11/2012
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