MINHA DOR
Eu tenho em mim a dor que me corrói,
Sei também o nome desse mal
Doença que carrego há muito e dói,
Que me há-de matar qual animal!
Fui amor e desencanto, ao mesmo tempo,
Fui onda gigantesca em alto Mar
Porém não resisti, perdi alento,
Hoje sou réstia de mim, sempre a penar…
Fui a árvore pujante e vigorosa!
Hoje toro velho e carcomido
Já não tendo o vigor que tinha outrora
A um velho tronco resumido…
Com esta dor tamanha que suporto,
Porém não vou morrer de desalento!
Voarei por esse mundo mesmo torto,
Buscando dentro dele, outro alento…