Rosas Mortas

Andei regando flores mortas

Elas não precisavam mais de água

Mas eu não podia arrancá-las e fechar as portas

Para o jardim profundo das mágoas

É um jardim de rosas mortas que cultivei

Não as cuidei em viçosa vida que outrora tiveram

E todo ciclo vital segue da mesma vida e lei

De alimentar-se do que a ofereceram

Do mofo de toda essa inconsciência brota o fungo

Da futura geração de flores, folhas e frutos desse ecossistema

E com tais sementes brotarão as esperanças de um novo mundo

Embora não possa recuperá-las – oh rosas, vítimas de tal dilema! –

Lamento vossa morte pelo descuido de seu jardineiro... perdão!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 06/11/2012
Código do texto: T3971563
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