A vida que se rompe em devaneio, em outrora amanhecer

Os céus aprisionaram-me dentro de seu cálice.

A cada aurora do amanhecer, eu visito minha amada diante de meu penhasco.

Seus sonhos ainda me guardam em seu subconsciente, do qual não consigo viver livre.

A natureza vigora ainda mais nosso amor.

A cada crepúsculo, ela visita meu túmulo e lacrimeja.

Sinto-me próximo diante de seu medo e sua angústia, nos quais me eternizo.

Petrificado como a rocha de meu penhasco, roto como os pássaros habitantes.

Minha memória fortemente subordinada pelo desastre que aqui se localiza.

Lamúria pela vida, como um cristal totalmente partido.

A amada em meus olhos ofuscantes totalmente lúgubre e extinguida.

Para que a vórtice de uma rústica sirene anuncie que há um forasteiro em sua mente.

Quando enxergo a dama de meu coração adentrar estrada de areia,

as lágrimas do rosto da senhorita permeiam o meu.

Para que todo anoitecer guarde memórias de uma vida arruinada pelo meu devaneio.

Le Cygne Noir
Enviado por Le Cygne Noir em 05/11/2012
Código do texto: T3969907
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