Pesares
No entardecer de meus pesares,
Vejo as dores idas, revestidas de luto,
Do negro véu da saudade,
Das perdas invitáveis.
Das explicações inconvincentes,
Dos mistérios insondáveis, torturantes,
Vejo o entardecer dos meus dias,
No espelho dos meus olhos negros enlutados.
Um luto de esperança transversa,
Sem máscaras, sem escrúpulos.
As tardes do meu luto envelhecem
E vejo o anoitecer dos meus pesares.
Para mim era aquele o precioso dia,
Encontrei a fria lua na escuridão envolta,
Acariciei a lua com as lágrimas das minhas dores,
E, a sinto macia.
Não levo nada de meu para a noite,
Me agarro as sombras dos meus pesares,
Dia após dia, passo a passo, vou ao penhasco,
Descanso minhas dores e então, salto.