Aquele que Foge
Oh! Passado, algoz mordaz que sempre te persegue.
Aquele que deixa seu lar para trás perde um pedaço de si.
Pois não é seu lar uma parte tua?
E não é tu uma parte de teu lar?
E quem perde uma parte de si não morre lentamente?
E mesmo que tente esquecer o conforto do lar, a face do pai e o calor da mãe o passado sempre o lembra.
Oh! Não é a maldição que chamamos passado parte de ti?
Mas aquele que foge não liga para quantos pedaços perdeu em sua caminhada.
Não, ele apenas que o futuro o liberte.
Oh! Futuro, musa de todas as artes que nunca chega.
Pois não é o futuro uma extensão do presente?
E assim como o horizonte, o futuro foge ao nosso toque.
Pois sempre existem distancias a serem percorridas.
O tempo não para e as milhas se reciclam.
Mas aquele que foge não liga de se iludir, ele apenas quer paz, ele apenas que novamente o lar que deixou para trás.
Mas o pedaço que deixamos para trás sempre morre.
E não se pode voltar a um lar morto.
Aquele tolo que deixou o lar morrer busca algo que ele nunca ira alcançar.
Então assim como seu lar, ele morre.