Luar de Diamantes

Onde está a velha felicidade?

Aquela que esqueirava sorridente,

Entre os cantos e paredes?

Morreu.

A responsabilidade opressora a matou

Deixou-me o luar de diamantes

Que de tanto brilhar, já me cega

Restou o silêncio, que me tortura quieto

Sofrendo hemorragias emocionais, enquanto devaneio.

Nada está certo, simplesmente não está.

Minha esperança foi toda em vão

Gastei-a numa troca em que nada recebi

Foi uma doação inútil, sinceramente.

Agora olho pra dentro

E só vejo aquela criatura na cadeira de balanço

Debaixo da lua de diamantes

Ela não chora, ela não ri, ela... nada

Melhor fechar a porta e a janela interna,

Proteger o mundo da minha verdade

A qual eu mesmo ainda não conheço

Vou me refazer de ilusões,

Oblíquas e alucinógenas,

As quais a minha percepção não secreta.

Estou a deriva no meu mar.

Sou vítima dos meus sonhos.

Sou cria dos meus desejos.

"Isso é o fim, meu amigo", será?

Um ciclo infindável de dor

Que eu mesmo tive de provocar

Encaro minha ruína, de vez.

Definitivamente esse é o fim.

O luar de diamante agora se retrai

Dá lugar a um sol de novas esperanças,

Motivações vagas e brilhos opacos.

Em breve virá a noite, e com ela,

Eles, pra me darem o apoio necessário

Que me farão esquecer de tudo, enfim.

Eles, aqueles, que posso chamar de amigos.

Dançando e cantando através da noite,

Sobre a lua de diamantes.