A paixão e a tragédia

Restaram-me apenas estilhaços da

Paixão, onde minhas mãos agora

Recolhem os restos do que sobrou.

Onde meus olhos nem sequer viram

A tragédia que se aproximava.

Onde o tempo fez ruína do castelo

Que em mim se levantava.

Escombros de sentimentos

Amontoaram-se em minha vida.

Onde o desejo se fez loucura

Onde o criador sucumbiu à criatura

Onde meu amor em seu fervor

Sofreu rachadura.

Restou-me o que não queria

E o que julguei me habitar

Era o que me esvaía.

Acreditei no que verdadeiramente

Me mentia.

E foi então, que meu coração aos

Pedaços se espalhou pelo chão, pois

Partiste sem olhar para trás e sem

Se importar com a ferida aberta em

Meu peito pela grande explosão

O Palhaço e o Poeta
Enviado por O Palhaço e o Poeta em 17/10/2012
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