QUANDO SINALIZA A DESILUSÃO...


Quando sinaliza a desilusão...
Escuto brados
Desfaz-se a coesão
Acontece alvoroço
Mergulho na sofreguidão
Abraço a comoção em exacerbação
E absorto na janela surgem nós na goela
Descubro que o tempo não vive só de primavera.

Quando sinaliza a desilusão...
Vem junto à comoção em lenta aceleração
Martirizando os espelhos e seus reflexos
Pondo o desconexo em anexo da deploração
Nos minutos intangíveis dos ditames reclusos
Renitentes na mente e no andar incoerente da gente.

Quando sinaliza a desilusão...
Penso no para-brisa da explanação da bipartição
Nos vestígios e litígios dos suplícios intermitentes
Das vertentes inconclusas das hastes obtusas
Do bipar do coração que não toca nunca
Das heranças e das hordas inóspitas
Na oclusão inglória do desapego arfante
Pela nossa própria história.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 12/10/2012
Reeditado em 14/10/2012
Código do texto: T3929374
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