LOJAS DE BRINQUEDOS
LOJAS DE BRINQUEDOS
Lojas de brinquedos abarrotadas
Crianças que choram, que riem
Que pedem, que exigem
Crianças abastadas
O brinquedo comprado
Logo estará num canto
Sem nenhum encanto
Abandonado
A ordem é consumir
Tudo é veleidade
Porque na verdade
É apenas comprar, sem curtir
Todo dia é novidade
Todo dia é leviandade
Vendida como presente
Para amor ausente
Comprar mais uma quinquilharia
Que vai durar no máximo um dia
Logo vai pr’algum escaninho
Sem qualquer carinho
Enquanto isso a presença
O ensinar valores e a querença
Vão ficando sem preços
Pela falta de apreço
Cada vez mais compra-se
Cada vez mais vende-se
Cada vez menos ama-se
Cada vez menos, crianças