Precipício

Nessas horas mais que vagas

Perco-me em meus devaneios,

Penso tanto sobre a vida -malvada,

Esqueço-me do 'tic-tac' dos ponteiros.

Tudo se esvai no tempo, eu rogo para esvair-me também,

No entanto, tudo está do mesmo jeito,

Ninguém se importa, e eu não me importo com ninguém.

As coisas fluem com deveras naturalidade,

Meu sofrimento perpetua-se além da realidade,

Fico eu aqui, aquém da minha incapacidade.

Sentir-se um nada perdido no vazio

É coisa para os fracos e sofridos.

Às vítimas será dado o meu sacrifício,

Então cadê? Onde está meu precipício ?!

Larissa Maciel
Enviado por Larissa Maciel em 06/10/2012
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