Precipício
Nessas horas mais que vagas
Perco-me em meus devaneios,
Penso tanto sobre a vida -malvada,
Esqueço-me do 'tic-tac' dos ponteiros.
Tudo se esvai no tempo, eu rogo para esvair-me também,
No entanto, tudo está do mesmo jeito,
Ninguém se importa, e eu não me importo com ninguém.
As coisas fluem com deveras naturalidade,
Meu sofrimento perpetua-se além da realidade,
Fico eu aqui, aquém da minha incapacidade.
Sentir-se um nada perdido no vazio
É coisa para os fracos e sofridos.
Às vítimas será dado o meu sacrifício,
Então cadê? Onde está meu precipício ?!