MÁGOAS

Trago no peito as feridas

Todas sentidas, pungentes, doloridas.

Qual marca penetrante

Do sexo entre amantes

Que, na hora,

Sem demora,

Em gritos, se devoram.

Trago no peito as feridas

Das dores ressentidas,

Do beijo doce negado,

Do gozo usurpado,

Do ´´não`` oralizado.

Trago no peito as feridas,

Aquelas,

Todas elas,

Que me mataram.

Eliane Vale
Enviado por Eliane Vale em 05/10/2012
Reeditado em 05/10/2012
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