POÉTICA SOLIDÃO

Gostaria de ter um jardim

onde eu pudesse semear

não apenas flores,

mas também sorrisos,

abraços, carinhos, afagos,

cafunés e ternura.

Como isso não é possível,

planto esse jardim

no pátio de minha poesia.

Ao meu redor,mudo,

o silêncio é atordoante,

em meu coração

o barulho é gritante,

meus olhos, então, úmidos.

rompem o liame da tristeza

e se debulham em lágrimas.

Só eu, meu pranto e a poesia.

Somente as estrelas, ternas,

olham minha solidão,

poética solidão que magoa,

as luzes embaçadas e vãs

das longas ruas vazias

acendem meus olhos,

borbulha em minh'alma

esse manancial poético

que flui do meu coração

e avança por ela

num ímpeto avassalador.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 04/10/2012
Código do texto: T3915475
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