PRESSENTIMENTO...

Agora não consigo, mas sei que,
Muito vou chorar um dia...
Lágrimas contidas, por anos reprimidas,
Um dia irão rolar pelo meu rosto...um dia.

No peito estão guardadas, represadas,
Meus olhos há muito estão secos...
No momento não as consigo derramar,
Meus olhos estão secos...secos.

Qual fortaleza inabalável...apenas aparência,
Escondida lá no fundo da alma está,
Uma menina, tímida e assustada,
Por trás da porta da alma...a olhar

Os "diques" da represa.
Romper-se-ão um dia com certeza...
Quem sabe no crepúsculo da vida?
Fazendo transbordar toda tristeza...

Talvez isso aconteça no outono,
Ou no inverno da minha existência,
Com o rosto bem mais marcado pelo tempo...
Talvez sentada na varanda, perdida em pensamentos.

Ou, talvez, em pé na areia, quem sabe?
Buscando o horizonte num olhar distante...
Com o mar molhando meus pés descalços,
Num caminhar cansado, solitário...e lento.


Do livro"Borboletas são flores que voam..."
De Sonia maria Pilogo.
Sonia Maria Piologo
Enviado por Sonia Maria Piologo em 04/10/2012
Reeditado em 04/10/2012
Código do texto: T3915201
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.