Samba depravação!
Samba meu,
meu samba.
Samba distinto,
violento e sangrento.
Samba meu
é sobre homem e sua corrupção.
Meu samba tem sido
fiel ao ensino da verdade.
Meu samba não é raiz,
ele não é feliz.
Samba que morreu,
que virou breu.
Samba triste
da tristeza.
Samba verdadeiro
da realidade do homem.
Nada de ilusão,
nada de afeição!
Samba sem máscara
de uma só moeda.
Este samba
que lhes apresento
é o samba da verdade,
samba da realidade.
Este samba,
ele conta a depravação
ele fede como seu portador,
este samba é real!
Este samba odeia ao Altíssimo,
este samba-homem
é vil sem prescrições,
abominável ao vômito.
Samba de sofrimento
de desalento.
Samba-homem sem amor,
homem do samba de pandeiro sangrento.
Samba podre
de raiz amarga.
Meu samba é vil,
samba meu que lhe mata.
A depravação samba
ao som do pandeiro,
a podridão canta
ao tom do estrume.
Todos estes
cantam e dançam
dentro do homem vil,
dentro do nascido da carne.
Maldito seja
samba medíocre!
Apodreça sobre a ira
e saia daqui!
A depravação total
é real e verdadeira,
a podridão é fatal
e não passageira.
Samba sem o Todo-Poderoso
de festa infernal.
Tom mais alto
do mal absoluto.
Este samba é de todo homem,
é onde nascemos.
Ouvimos e dançamos
sobre a lama e o vômito!
Samba sem ilusão,
samba da podridão!
Samba podridão
ao som do homem!
Samba podridão,
eles querem te ver rebolar.
Samba podridão
nesta arquibancada de vaidades!
Samba para a lascívia,
samba para a concupiscência
elas querem ver-te nua,
ver teu corpo a desejar!
Samba nesta alegoria
de egos e inflamações.
Samba no pódio
da promiscuidade.
Samba do humanismo,
samba podridão.
Samba do homem,
samba total depravação.
[Eis que samba a depravação!
Eis que ela samba! - livremente nos réprobos!]