OLHANDO O MAR

Devaneios - anseios de liberdade,
Utopias, poesias, fantasias irreais,
Somam, tomam conta da alma ao cair da tarde,
Vontade absurda de zarpar... deixar o cais.


Cruzar os ares, os mares, os oceanos.
Azular, me deslumbrar com a quanta beleza,
Com o brilho do sol, da lua, com o voo plano,
Do albatroz, desejar as suas plumas, sua leveza.


Navegar... feito um louco sem traçado,
Tomar posse da coragem, me encantar,
Esquecer as dores, as sombras do passado,
Redefinir, tingir de novidade o cansado olhar.


Anseios que caem sobre a areia fina,
Juntamente com duas lágrimas distraídas,
Sou limitado demais e a minha sina,
É não ser, conviver com a alma recolhida.


...E ainda assim, agradecer a vida.


- - - - - - - -

SONHOS QUE VOAM

 Voo livre pelos sonhos, fantasias,
que alimento contra a dura realidade.
Quem me dera viver a minha utopia,
como um pássaro, asa aberta... Ah! Quem há de?
 Devaneios e anseios são saudades,
me acompanham como fossem o anjo guia.
Voo livre pelos sonhos, fantasias,
que alimento contra a dura realidade.

 Olho em volta esta vida tão vazia,
sem consolo enfrentando tempestades,
que me açoitam o corpo, a carne fria.
Peço apenas um pouco de caridade.
Voo livre pelos sonhos, fantasias.


(HLuna)