FILHO DOENTE

No coração paterno aflito,

Lágrimas e dor irrompem o peito:

Não vá, sangue do meu sangue,

Correr da vida na minha frente!

No caos, torvelinho errante,

Protegi e te segurei;

No distúrbio do tempo natural,

Forte demais, não aguentei!

Agruras tantas superei,

Mas agora, meu Deus, escorre,

A linha da vida e morte,

Torcida em prantos diante de mim!

Se destino, assim seja,

Mas meu peito, minha mente,

Meu torpor, em uníssono bradam,

Que tortas, tortas linhas escreveste!

Leandro Barreto Bortowski
Enviado por Leandro Barreto Bortowski em 02/10/2012
Reeditado em 22/08/2020
Código do texto: T3912420
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