AINDA

Entre a Jordânia e o Iraque,
Almas indefesas, ataques,
Uma terra deserta,
Uma fronteira incerta,
Um caminho sangrento,
Castigado pelo sol, pelo vento,
Um campo de refugiados,
Palestinos despatriados,
Amenizando com a fé o sofrimento,
Esperando o não sei o quê da vida,
Algum país que lhes dêem guarida,
Que renovem seus objetivos,
Enquanto isso não acorre,
Os olhares entristecidos,
Se perdem nas reticências das tardes,
Emoldurados pela realidade,
De um tempo sem tempo, indefinido.
Mas, a esperança não morre,
Porquanto ainda estão vivos.