Metonímia

O mel da rainha resulta em morte.

O prazer supremo e o ápice da existência.

O sangrar da aurora recobre-se

da madrugada bêbada de luar.

Lágrimas e orvalhos secretam as dores do

mundo e das manhãs

O sol maravilhado com o eclipse

Despe-se lentamente de seu fervor

O amarelo se alaranja, e em seguida rubro...

E reconhece a total sedução e mistério da lua.

O que posso fazer se o mar acaricia a areia?

E remove com suas ondas as conchinhas

Para cultivar as pérolas...

Promessa de beleza num colar romântico futuro.

E se em tal carícia a entrega é branda

As pedras se amolecem.

As retas se amoldam em curvas.

E o cais aguarda notícias de longe...

Ou partidas iminentes...

Adoro ler pessoa e Pessoa

Foi lendo Pessoa que percebi

Como há tanta pessoa legível...

Adoro ter Amado sempre a mão.

Adoro dizer-lhe todas as coisas

Com os olhos que gritam em plenas exclamações

E palavras que calam solenemente.

Metonímia

Simplificação coerente.

Imediata e identificadora.

Amor

Sobrevivente dos tempos.

Refém da civilização.

Esperança dos solitários.

Solitários esperam o amor

no cais das emoções.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 30/09/2012
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