Abstinência.

Abstinência do sol

da claridade,

abstinência do claro,

da raridade.

Abstinência das cores,

tudo preto e branco.

Abstinência da noite clara,

da noite rara.

Abstinência de paz

de sossego,

de calmaria

e de cantoria.

Só cinza, só preto

tudo um breu.

Lágrimas a correr,

vozes a sofrer.

Abstinência da felicidade,

da raridade.

Da alegria, da alegre sinfonia,

de tudo belo e feliz.

Como do pão de dores

com sofrimento e desalento.

Sem sofrimento,

não há "avivamento".

Abstinência de paz,

da falta de dor.

Da falta de angústia,

do sem-agonia.

Tenho abstinência destas coisas,

e saudade delas também.

De joelhos choro,

clamo pelo sol do amanhecer.

Posso ter saudade de todas

estas coisas.

Posso ter abstinência

de todas elas,

mas de uma coisa não tenho

nem saudade, nem abstinência,

é de amor, é do amor.

Amor não é raridade,

amor é a realidade,

amor é a verdade,

em tudo presente,

uma alegre e feliz realidade.

Em toda dor,

há o amor.

Amor do Altíssimo;

pois é na tristeza, que ELE molda.

A coisa mais importante desta terra

aos seus escolhidos

é a dor,

em amor.

Sofrimento,

sem desalento.

A dor Soberana,

dor mais que humana.

É a tristeza,

enviada pela Realeza.

É a dor,

por e com amor.

Para mostrar-nos

a verdadeira alegria.

A verdadeira felicidade,

da verdade.

Satisfação e suficiência plena,

em Cristo.

[25/09/12]

Cesare, em tudo capacitado pelo Senhor.

Cesare Turazzi
Enviado por Cesare Turazzi em 25/09/2012
Reeditado em 28/09/2012
Código do texto: T3901250
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