MEU SEGREDO
Essa tristeza habitual que me alucina,
Mais uma vez se faz presente em minha alma...
Já me é normal, é como sina,
É como brasa que carrego entre as palmas!
Essa saudade que carrego, é minha sina,
É minha cruz, é meu castigo, é minha vida...
Essa tristeza inexplicável, de onde vem?
É inesgotável a dor dessa ausência.
Todo esse sofrimento, a quem convém?
Eu lhe imploro, Deus meu, tenha clemência!
De onde vem essa saudade que me arrasa,
É um segredo que não posso revelar...
O gosto amargo que trago em minha boca,
O silencio que tanto me martiriza,
É com certeza, um fardo, é uma força,
É labirinto, é areia movediça!
Essa saudade é impiedosa, é um carrasco,
É o amargo trago de um copo já vazio...
O meu peito já está tão dolorido,
Tão magoado, massacrado, tão sofrido...
Por isso os meus olhos choram tanto,
Por isso vivo assim em eterno pranto!
Essa saudade é fruto de uma fantasia,
Por isso mesmo tenho que me calar...
De onde vem toda essa saudade,
É um segredo que não posso revelar...
18- 01- 01