MEU SEGREDO

Essa tristeza habitual que me alucina,

Mais uma vez se faz presente em minha alma...

Já me é normal, é como sina,

É como brasa que carrego entre as palmas!

Essa saudade que carrego, é minha sina,

É minha cruz, é meu castigo, é minha vida...

Essa tristeza inexplicável, de onde vem?

É inesgotável a dor dessa ausência.

Todo esse sofrimento, a quem convém?

Eu lhe imploro, Deus meu, tenha clemência!

De onde vem essa saudade que me arrasa,

É um segredo que não posso revelar...

O gosto amargo que trago em minha boca,

O silencio que tanto me martiriza,

É com certeza, um fardo, é uma força,

É labirinto, é areia movediça!

Essa saudade é impiedosa, é um carrasco,

É o amargo trago de um copo já vazio...

O meu peito já está tão dolorido,

Tão magoado, massacrado, tão sofrido...

Por isso os meus olhos choram tanto,

Por isso vivo assim em eterno pranto!

Essa saudade é fruto de uma fantasia,

Por isso mesmo tenho que me calar...

De onde vem toda essa saudade,

É um segredo que não posso revelar...

18- 01- 01

RÚBIA BOURGUIGNON
Enviado por RÚBIA BOURGUIGNON em 22/02/2007
Reeditado em 20/09/2020
Código do texto: T389430
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